Durante uma visita do Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, ao Funchal, Miguel Albuquerque afirmou que a proposta não visa uma "mudança conjuntural", mas sim "assegurar mais 50 anos de prosperidade das autonomias".
O líder do executivo madeirense (PSD/CDS-PP) classificou a atual Lei das Finanças Regionais como "caduca e iníqua", defendendo a sua revisão urgente para que o Estado assuma as suas "obrigações constitucionais" relativamente aos sobrecustos da insularidade.
Albuquerque reforçou que, com as mudanças no contexto mundial, a Madeira precisa de novos "instrumentos para podermos assegurar o desenvolvimento", sem ficar "agarrada a princípios que, neste momento, estão perfeitamente ultrapassados". Em resposta, Aguiar-Branco adotou uma postura de abertura, declarando que "não há dogmas" sobre a revisão constitucional e que a própria Constituição "prevê os seus momentos de revisão". No entanto, ressalvou que o "impulso para que as revisões aconteçam [...] resulta daquele impulso que tem de ser dado pelos grupos parlamentares e pelos deputados", colocando a responsabilidade da iniciativa no parlamento nacional.
Este diálogo estabelece as bases para um futuro debate sobre o aprofundamento do modelo autonómico português.














