As decisões geraram reações imediatas dos partidos da oposição e dos sindicatos, que criticam a "mobilidade forçada" de médicos e a instabilidade no setor. O executivo aprovou o regime jurídico que cria as urgências regionais, um modelo que permite a duas ou mais Unidades Locais de Saúde (ULS) concentrarem os serviços de urgência num único hospital para colmatar a falta de profissionais. A primeira urgência regional deverá arrancar no início de 2026 na Península de Setúbal.
Esta medida foi recebida com fortes críticas.
O PCP considerou-a de "maior gravidade", e sindicatos como a FNAM e a plataforma sindical de enfermeiros alertaram para o risco de "deslocação forçada dos profissionais", o que poderia levar a mais saídas do SNS. Simultaneamente, foi anunciada a substituição de Sérgio Janeiro na presidência do INEM.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, esclareceu que "não houve qualquer demissão", mas sim a conclusão de um concurso da CReSAP. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, corroborou esta versão, afirmando que "foi cumprida a lei".
O nome apontado para a sucessão é Luís Cabral, antigo secretário regional da Saúde dos Açores.
A oposição reagiu de forma veemente.
O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, classificou a política de saúde do Governo como um "falhanço completo".
A presidente da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão, considerou as medidas como "pensos rápidos que não vão resolver estruturalmente os problemas da saúde" e manifestou não perceber os motivos da mudança no INEM.
O candidato presidencial Marques Mendes, por outro lado, considerou as medidas "positivas e na boa direção", mas recomendou prudência, afirmando que "é melhor aguardar para ver e ver para querer".














