A declaração gerou reações imediatas, nomeadamente do seu adversário António José Seguro, e intensificou o debate sobre a retórica do partido de extrema-direita.
Ventura proferiu a controversa afirmação durante uma entrevista à SIC, justificando a sua posição com o estado do país, que considera estar "podre de corrupção, impunidade e bandidagem".
Embora se tenha descrito como "democrata por natureza", defendeu que Portugal "precisa de outro regime", argumentando que a atual República não consegue combater eficazmente a corrupção.
A referência ao ditador do Estado Novo foi apresentada não como "uma questão de retórica", mas como uma ilustração da necessidade de uma liderança forte para "pôr o país na ordem". A declaração provocou uma resposta imediata de António José Seguro, também candidato presidencial, que, durante uma ação de campanha no Algarve, contrapôs que "o país não precisa de ditadores, o país precisa de instituições democráticas, eficientes, transparentes e que combatam a corrupção".
Este confronto direto entre os dois candidatos evidencia a profunda clivagem ideológica que marca a atual corrida presidencial e o cenário político nacional.
A retórica de Ventura, frequentemente comparada à de Donald Trump, reforça a sua imagem de candidato antissistema e radical, enquanto os seus oponentes aproveitam estas declarações para o demarcar dos valores democráticos.














