A perda da câmara municipal para a socialista Ana Abrunhosa foi o culminar de um projeto que não atingiu o seu principal objetivo, desencadeando uma crise na estrutura local do partido. Num comunicado, a estrutura social-democrata reconheceu que "o principal objetivo que nos propusemos — a conquista da Câmara Municipal de Coimbra — não foi alcançado", o que motivou a demissão coletiva. A concelhia, eleita sob o lema "Coimbra 2025", considerou que o seu projeto político "culminava e se esgotava com as eleições locais de 2025".

A derrota foi significativa, com a antiga ministra socialista Ana Abrunhosa a vencer pela coligação "Avançar Coimbra" (PS/Livre/PAN), destronando o presidente em funções, José Manuel Silva, da coligação "Juntos Somos Coimbra" (PSD/IL/CDS-PP e outros).

A estrutura demissionária, que incluía o próprio João Francisco Campos como vereador eleito na lista derrotada, permanecerá em funções de gestão corrente até à realização de novas eleições internas, marcadas para 28 de fevereiro, em virtude da entrada em vigor dos novos estatutos do partido. Esta demissão em bloco representa uma consequência direta e imediata do resultado eleitoral numa das principais capitais de distrito do país, evidenciando a pressão sobre as lideranças locais para apresentarem resultados e a instabilidade que uma derrota pode gerar nas estruturas partidárias.