Primeiro, o facto de uma investigação baseada numa “denúncia anónima muito pouco concretizada” ter demorado três anos a ser concluída.
Segundo, e mais grave, a recente recusa do Ministério Público junto do Supremo Tribunal de Justiça em permitir que Ivo Rosa consultasse os três inquéritos-crime em que foi visado e que foram arquivados, com o fundamento de que “não teria interesse legítimo”. Nuno Matos classificou esta negação como a passagem para “um novo patamar”, transmitindo “uma ideia de opacidade que não é positiva”.
O líder da ASJP chegou a afirmar: “A palavra atentado é muito forte, mas podemos dizer que pomos em causa aqui alguns dos princípios estruturais do Estado de direito”.
O contexto deste conflito é indissociável do papel de Ivo Rosa na fase de instrução da “Operação Marquês”, em 2021, onde deixou cair vários crimes imputados ao ex-primeiro-ministro José Sócrates. A situação atual, em que um juiz é investigado e depois impedido de conhecer os detalhes dessa investigação, alimenta o debate sobre a independência judicial e a possibilidade de pressões indevidas dentro do sistema de justiça.














