A não-candidatura de Portas, antigo líder do partido e vice-primeiro-ministro, era uma possibilidade que muitos no CDS-PP aguardavam, sendo visto como a opção mais natural e com maior potencial para unir o partido.
Com esta via encerrada, os centristas encontram-se numa encruzilhada.
O partido integra a Aliança Democrática (AD) e faz parte do Governo, cujo principal parceiro, o PSD, já declarou apoio oficial a Luís Marques Mendes.
No entanto, dentro do CDS, o apoio não é unânime, com vozes a inclinarem-se também para a candidatura de Henrique Gouveia e Melo.
Nuno Melo afirmou que o partido irá ouvir os conselheiros nacionais antes de tomar uma decisão institucional, mas excluiu qualquer apoio a candidatos dos "extremos de quaisquer matizes".
A escolha final será um teste à autonomia do CDS-PP face ao seu parceiro de coligação e poderá revelar as diferentes sensibilidades internas sobre o posicionamento do partido no atual quadro político e na corrida ao Palácio de Belém.












