No entanto, a concordância no diagnóstico não se estende às causas, com a direita e a esquerda a trocarem acusações sobre a responsabilidade pela crise.
Partidos como PSD, IL e Chega apontam o dedo à gestão do anterior governo socialista.
O social-democrata António Rodrigues afirmou que a AIMA "nasceu torta", herdando cerca de 400 mil processos pendentes do extinto SEF e uma política de "portas abertas" que a tornou inoperacional desde o início.
Rui Rocha (IL) falou numa "bancarrota migratória" causada pelas "manifestações de interesse e o descontrolo das fronteiras".
O Chega, por seu lado, pede uma auditoria à AIMA e o "fortalecimento da vertente de controlo" dos imigrantes.
Em contrapartida, os partidos de esquerda culpam o atual executivo da AD.
O socialista Pedro Delgado Alves acusa o Governo de querer o falhanço da agência, utilizando o tema como "instrumento de comunicação política eleitoral" para ganhar votos ao Chega.
Segundo o deputado, "a situação está pior do que estava antes", com "filas permanentes à porta da AIMA" que demonstram que "a política falhou". O Livre e o PCP partilham desta visão, argumentando que à AIMA nunca foram dados os meios humanos e financeiros necessários para cumprir a sua missão, uma situação que se terá agravado com as recentes alterações legislativas, consideradas "um tiro nos pés do país" por Paulo Muacho (Livre).
O BE também questionou o Governo sobre decisões da AIMA, como a retirada de proteção a estudantes que fugiram da Ucrânia, reforçando a ideia de uma gestão política errática.












