O executivo açoriano ameaçou intervir e adiantar os vencimentos caso Lisboa não assuma essa responsabilidade.
Os trabalhadores, que recebem quinzenalmente do governo norte-americano, não receberam o pagamento de 27 de outubro, e o anterior foi pago com cortes. A situação levou o Sindicato dos Trabalhadores e a Comissão Representativa dos Trabalhadores (CRT) a apelar para que o Estado português siga o exemplo de Espanha e Alemanha, adiantando os salários e acertando contas posteriormente com os EUA. A presidente da CRT, Paula Terra, descreveu os trabalhadores como "preocupados, desiludidos, tristes" e a sentirem-se "abandonados".
Em resposta, o vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Artur Lima, garantiu que, se o Governo da República não cumprir a sua obrigação, o executivo açoriano avançará com uma solução. "Os trabalhadores não ficarão sem receber o seu salário se o 'shutdown' continuar", assegurou Artur Lima, revelando que está a ser preparado um "plano B" com a secretaria das Finanças regional.
O governante açoriano afirmou que existe um "trabalho de bastidores" junto do Governo da República para resolver a situação, mas criticou a inação de Lisboa, defendendo que "o Estado português tem obrigação de pagar esses ordenados e depois ser ressarcido".
Os ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, por sua vez, informaram estar a "avaliar soluções eventualmente possíveis face ao quadro normativo nacional vigente".












