A pressão não se limita ao PS.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes, apoiado pelo PSD, aumentou o escrutínio ao afirmar que, após mais de um ano e meio em funções, “já não chega ter diagnósticos, é preciso soluções”. Este coro de críticas surge num contexto particularmente sensível, marcado pela morte de uma grávida na Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra, um evento que Carneiro utilizou para exigir um apuramento de “todas as responsabilidades”. A tensão é agravada pela proposta de Orçamento do Estado para 2026, que prevê um corte de mais de 200 milhões de euros em medicamentos e material de consumo clínico. Embora o Governo defenda que o objetivo é otimizar recursos e aumentar a eficiência, a medida é vista com ceticismo e alimenta a perceção de desinvestimento.
O primeiro-ministro reiterou a sua confiança na ministra, mas a convergência de uma tragédia humana, cortes orçamentais e críticas concertadas de figuras políticas de relevo fragilizou significativamente a posição de Ana Paula Martins, transformando a gestão do SNS no principal foco de desgaste do executivo.












