Como solução, propôs um “acordo nacional ou de regime” que envolva os principais partidos e defina, a médio e longo prazo, o papel do SNS, do setor social e do setor privado. O Presidente questionou também a existência de “linhas cinzentas” na definição de responsabilidades entre o Governo e a Direção Executiva do SNS, sugerindo falta de clareza no modelo de gestão.

Esta intervenção presidencial, embora sem culpar diretamente o atual governo, foi interpretada como uma crítica à forma como o setor tem sido gerido e como uma validação das preocupações existentes.

O líder do PS, José Luís Carneiro, aproveitou a deixa para afirmar que as palavras do Presidente tornaram “mais evidente que o Governo falhou”.

A proposta de um pacto de regime eleva a crise do SNS a uma questão de Estado, pressionando o executivo e a oposição a procurarem consensos estratégicos para além da conjuntura política imediata.