A oposição apela ao diálogo para evitar uma nova crise na saúde.

O objetivo do executivo é disciplinar os valores pagos a estes profissionais e reduzir a dependência do SNS, que gasta cerca de 727 mil euros diários com tarefeiros.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou que existe um "consenso nacional" sobre a necessidade de alterar a situação atual e apelou aos médicos "desconfortáveis" com o novo diploma que "mantenham o espírito de serviço". Apesar da firmeza pública, o Diário de Notícias avançou que a aprovação final da regulamentação terá sido suspensa no Conselho de Ministros para evitar agravar a crise na saúde, uma informação que o gabinete de Luís Montenegro negou, afirmando que a discussão não estava na agenda oficial. A oposição, por sua vez, instou o Governo a abrir canais de diálogo com os médicos para travar uma possível paralisação que colocaria em risco a resposta de urgência nos hospitais.

O impasse reflete a enorme dependência do sistema nestes profissionais, que, segundo a editora executiva da CNN Portugal, Catarina Guerreiro, não estão sujeitos a medidas disciplinares do IGAS por não serem funcionários do SNS.