A insatisfação das associações socioprofissionais da GNR e dos sindicatos da PSP atingiu um ponto crítico, com a ameaça de novos protestos após considerarem as propostas do Governo insuficientes. Este impasse representa um significativo desafio à autoridade do Ministério da Administração Interna e evidencia um clima de desconfiança entre o executivo e as forças de segurança. Após uma reunião com a ministra da Administração Interna, os dirigentes das associações da GNR saíram "desiludidos", com o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG), César Nogueira, a afirmar que as propostas apresentadas foram "muito pouco".
A promessa de avançar com protestos foi imediata. Do lado da PSP, o presidente do maior sindicato exigiu propostas concretas que abranjam a tabela remuneratória, suplementos e a portaria de avaliação, com efeitos a partir de janeiro de 2026.
As reuniões decorreram após meses de espera, durante os quais a ministra se encontrou com as estruturas sem apresentar qualquer proposta formal. Este braço de ferro sobre as remunerações e condições de trabalho constitui um foco de instabilidade para o Governo, que enfrenta a possibilidade de contestação pública por parte de um setor fundamental para a segurança do Estado, demonstrando uma erosão do poder negocial e da autoridade do ministério.
Em resumoO descontentamento nas forças de segurança escalou para uma ameaça concreta de protestos, sinalizando uma quebra de confiança e um impasse negocial com o Governo. Esta situação representa um sério desafio político e de autoridade para o Ministério da Administração Interna.