Esta rutura agrava o clima de descontentamento nas forças de segurança e abre a porta a novas ações de protesto.

A decisão foi tomada após reuniões com a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, nas quais foi apresentada a proposta inicial do executivo.

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), o maior sindicato da PSP, acusou o Governo de não estar a “cumprir integramente o acordo assinado” em julho de 2024 e anunciou que irá decidir novas formas de luta.

As associações socioprofissionais da GNR também saíram “desiludidas” dos encontros, considerando a proposta “muito pouco” e prometendo avançar com protestos.

As negociações eram aguardadas com expectativa, após meses de espera e de um crescente mal-estar nas polícias, que exigem uma valorização remuneratória e melhores condições de trabalho. O impasse negocial representa um sério revés para o Governo, que enfrenta agora a perspetiva de um conflito aberto com as forças responsáveis pela segurança interna. A incapacidade de alcançar um consenso demonstra uma falha no diálogo social com um setor fundamental do Estado e testa a autoridade do Ministério da Administração Interna para gerir as tensões internas das polícias.