Estas alterações foram imediatamente repudiadas pelas centrais sindicais, que as consideram um "profundo retrocesso para o mundo do trabalho" e um "ataque ao direito da família". A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Ramalho, rejeitou as acusações de que a reforma tornará os despedimentos "mais fáceis, nem menos difíceis", defendendo que a lei em vigor tem um "desequilíbrio a favor dos trabalhadores".

A contestação estendeu-se a vários setores, com os trabalhadores da Autoeuropa a aprovarem uma moção contra o pacote laboral e os guardas prisionais a ameaçarem aderir à paralisação.

Numa tentativa de desanuviar a tensão, o primeiro-ministro reuniu-se com a UGT.

Após o encontro, o secretário-geral Mário Mourão considerou a reunião "construtiva" e viu disponibilidade para "discutir tudo", mas confirmou a manutenção da greve, afirmando que "até à greve geral não é possível haver um acordo".