A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, confirmou a escolha, mostrando-se "muito feliz" com a aceitação do magistrado, conhecido pela sua intervenção em processos mediáticos como a Operação Marquês e o caso BES.

O objetivo da comissão é detetar e prevenir desperdícios e ilícitos financeiros no SNS, com uma meta de poupança de 800 milhões de euros.

A nomeação gerou reações distintas entre os candidatos presidenciais e analistas.

Enquanto André Ventura saudou a escolha, considerando que há corrupção e desvio de dinheiro no SNS, outros, como António José Seguro, consideraram a medida tardia, mas positiva. Por outro lado, o candidato António Filipe expressou receio de que se esteja a criar "um certo anátema em torno do SNS".

A Iniciativa Liberal requereu uma audição parlamentar a Carlos Alexandre para perceber como a estrutura irá funcionar.

A nomeação foi fortemente criticada por José Sócrates, que a considerou um "prémio" e uma prova da "parcialidade política" do juiz. Analistas questionam se a medida não será mais um ato de "marketing político" do que uma solução estrutural, dado que a nova entidade não terá competências de investigação criminal, que permanecem na esfera da PJ e do Ministério Público.