Esta disputa simbólica refletiu-se nos discursos.

A direita, através de figuras como Aguiar-Branco, defendeu que "Abril abriu a porta da liberdade e Novembro garantiu que tivesse chão firme para caminhar". A esquerda, por sua vez, criticou o que o PS chamou de "apropriação mistificadora" e "tentação revisionista", com o PCP a ausentar-se e a classificar o evento como um "desfile de mentiras". No seu último discurso no Parlamento, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa apelou à "temperança", reconhecendo a existência de uma "batalha cultural" em torno da data, mas sublinhando que "a pátria ganhou certamente" com o desfecho de 1975.