O caso tornou-se um tema central na pré-campanha presidencial, com candidatos a exigirem explicações e a prometerem reformas.
A revelação de que perto de 50 comunicações de António Costa foram intercetadas, apesar de apenas duas serem consideradas relevantes, desencadeou uma forte reação da sua defesa, que exigiu explicações ao Ministério Público sobre a manutenção das escutas no processo e a contínua violação do segredo de justiça.
A controvérsia foi amplificada por um manifesto assinado por 50 personalidades, incluindo Rui Rio e Augusto Santos Silva, que condenou a divulgação das escutas, alertando que esta compromete a “credibilidade democrática e favorece o populismo”.
O tema foi imediatamente absorvido pela corrida presidencial.
Candidatos como Luís Marques Mendes e António José Seguro foram perentórios ao afirmar que “alguém tem que vir responder”, considerando que a justiça está “doente” e que o Procurador-Geral da República deve dar esclarecimentos.
Henrique Gouveia e Melo também pediu uma reflexão sobre as fugas de informação.
O caso expôs ainda outras figuras políticas, como o atual líder do PS, José Luís Carneiro, que foi gravado a pedir um emprego para um ex-deputado, ao que desvalorizou, afirmando não ver “qualquer gravidade”.
A omnipresença do caso na comunicação social e no discurso político evidencia uma crise de confiança nas instituições judiciais e transforma a reforma da justiça num campo de batalha crucial para as eleições presidenciais.














