A transição de liderança ocorre num dos momentos mais críticos da história do partido, que enfrenta uma crise de resultados eleitorais e procura redefinir a sua estratégia para recuperar relevância política.
No seu discurso de despedida, Mariana Mortágua assumiu erros, mas rejeitou que tenham sido “determinantes”, e deixou um aviso contundente: o partido “tem que mudar quase tudo, e quase tudo não é demais”.
A sua saída abre caminho para Pureza, cuja moção vitoriosa propõe uma nova organização interna para combater o “centralismo” e promover uma cultura de maior diálogo. O novo líder prometeu uma “esquerda de pontes” e o fim do “sectarismo”, comprometendo-se a “fazer todos os diálogos” necessários para construir uma alternativa à direita.
Fundadores do partido, como Francisco Louçã e Fernando Rosas, também intervieram, apelando a que o BE tenha os “pés bem assentes na terra” e alertando que a reorganização será uma “tarefa hercúlea”.
A nova direção enfrenta o desafio de reverter o declínio eleitoral, reconectar-se com os movimentos sociais e os eleitores jovens, e encontrar o seu espaço numa esquerda fragmentada.














