A proposta do Governo, que segundo os sindicatos facilita os despedimentos e aumenta a precariedade, foi classificada como uma “declaração de guerra aos trabalhadores” por especialistas em Direito do Trabalho. Em resposta à crescente contestação, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, desvalorizou a paralisação, afirmando que “não faz sentido” e que se trata de uma greve “política”. Numa tentativa de esvaziar os argumentos sindicais, Montenegro acenou com a ambição de aumentar o salário mínimo para 1.600 euros, uma declaração que a CGTP classificou como um “ato desesperado” e um “insulto”.

A UGT, por seu lado, prevê uma forte adesão e acusa o Governo de provocar uma “rutura negocial”, embora se mantenha disponível para negociar após a greve.

A paralisação, agendada para 11 de dezembro, deverá ter maior impacto nos setores da saúde, educação e transportes, com polícias e enfermeiros a anunciarem também protestos para o mesmo dia, intensificando a pressão sobre o executivo.

O tema dominou igualmente a pré-campanha presidencial, com a maioria dos candidatos a criticar a postura do Governo.