A investigação da revista Sábado revelou que perto de 50 comunicações de António Costa foram intercetadas, embora apenas duas tenham sido consideradas relevantes para o processo. A defesa do ex-primeiro-ministro reagiu de imediato, exigindo que o Ministério Público (MP) “tem obrigação de clarificar o que andou efetivamente a fazer” e explique por que razão as escutas se mantêm no processo, bem como a origem da fuga de informação.
Numa das conversas, José Luís Carneiro é ouvido a recomendar um ex-deputado para um cargo ao então ministro do Ambiente, Matos Fernandes, uma situação que o líder do PS desvalorizou, afirmando não ver “qualquer gravidade”.
O caso teve repercussões imediatas na campanha presidencial, com os candidatos Marques Mendes e António José Seguro a alinharem na necessidade de uma reforma na justiça e a exigirem explicações do Procurador-Geral da República.
Ambos consideraram que a justiça está “doente” e que a divulgação indiscriminada de escutas mina a confiança dos cidadãos nas instituições.














