Os procuradores admitiram a possibilidade de o ex-governante estar a preparar um plano para “subtrair-se definitivamente ao alcance da justiça nacional”.

Em resposta, José Sócrates considerou as suspeitas “maldosas” e “completamente falsas”.

Num esclarecimento enviado às redações, garantiu que as viagens foram de cariz “profissional”, pagas por entidades que o convidaram, e que nenhuma excedeu o limite de cinco dias.

Para provar a sua versão, o antigo primeiro-ministro mostrou documentos e bilhetes de avião.

A controvérsia adensa-se pelo facto de Sócrates continuar a recusar revelar a sua situação económica ao tribunal, enquanto as notícias indicam que as viagens em primeira classe custaram uma parte significativa da sua pensão vitalícia declarada, que ascende a cerca de 26.600 euros anuais.