Esta subida, que coincide com uma queda acentuada de Henrique Gouveia e Melo, reconfigura a corrida a Belém e intensifica a imprevisibilidade do resultado.

A sondagem da Aximage para o Diário de Notícias coloca Ventura em primeiro lugar, seguido por Marques Mendes, enquanto Gouveia e Melo, que liderava anteriormente, cai para a terceira posição.

Outra alteração notável é a subida de João Cotrim de Figueiredo, que ultrapassa António José Seguro, consolidando-se como o quarto candidato mais votado. André Ventura reagiu aos resultados afirmando que a sua liderança se deve ao facto de "trazer para esta campanha temas que não estavam lá".

A nova dinâmica eleitoral acendeu o debate sobre a necessidade de um "voto útil" à direita, uma estratégia que Cotrim de Figueiredo declarou querer "começar a desmontar". A fragmentação do eleitorado de centro-direita e a ascensão de Ventura tornam a passagem à segunda volta um cenário quase garantido e altamente competitivo. A reação dos restantes candidatos reflete a polarização crescente; Catarina Martins, candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda, desvalorizou a liderança de Ventura, afirmando com confiança: “Tenho a certeza absoluta que este país não é um país de fascistas e que até o rato Mickey, numa segunda volta, ganha contra quem tiver essas ideias”.

A corrida presidencial, antes com um favorito claro, transformou-se numa disputa aberta e imprevisível.