Catarina Martins, apoiada pelo BE, centrou o seu ataque na atuação de Seguro enquanto líder do PS, acusando-o de ter viabilizado políticas do governo de Passos Coelho através de uma "abstenção violenta" no Orçamento do Estado e de ter dialogado preferencialmente com a direita.
Em sua defesa, António José Seguro afirmou que, em momentos difíceis, colocou os interesses do país à frente dos do partido e que "voltaria a fazer o mesmo".
O candidato apoiado pelo PS contra-atacou, acusando o Bloco de Esquerda de ter votado contra orçamentos do governo da "geringonça" e lamentando a tentativa de Catarina Martins de "se agarrar ao património de Mário Soares".
O confronto revelou a dificuldade dos dois candidatos em ultrapassar as clivagens históricas e em apresentar uma visão unificada para o futuro, com a discussão a girar em torno de quem foi mais fiel aos princípios da esquerda durante um dos períodos mais difíceis da democracia portuguesa.
Ambos convergiram, no entanto, no diagnóstico de uma "justiça fragilizada", na sequência da divulgação das escutas da Operação Influencer.














