O comentador Pedro Adão e Silva sugeriu que Ventura “está sempre alinhado com aquilo que lhe cheira que é o sentimento maioritário conjuntural”, indicando que o líder do Chega terá sentido a força do descontentamento social.

A mudança não passou despercebida aos seus adversários políticos.

No debate presidencial, Jorge Pinto acusou-o de ser um “catavento” e “troca-tintas”.

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, também destacou que André Ventura “altera o seu discurso” após ter visto a mobilização da greve.

Com esta nova posição, Ventura coloca-se como uma figura central e imprevisível na aprovação da legislação, transformando-se, paradoxalmente, num obstáculo fundamental para o Governo de direita e numa esperança para a esquerda que pretende travar a reforma.