A decisão, justificada pelo Ministro da Defesa, Nuno Melo, com a urgência de reforçar a autonomia da defesa europeia, suscitou uma forte reação da oposição, que exige maior transparência e controlo parlamentar.

O Partido Socialista (PS) foi a voz mais crítica, anunciando que irá propor a criação de uma subcomissão parlamentar para acompanhar as compras militares.

O deputado socialista Marcos Perestrello argumentou que a dimensão destes contratos “é incompatível com a tomada das decisões em segredo”.

A falta de transparência num investimento desta magnitude, o maior em material militar na história da democracia portuguesa, tornou-se o ponto central da controvérsia.

A oposição questiona os fundamentos das escolhas feitas pelo ministro Nuno Melo e defende que o Parlamento deve ter um papel mais ativo na fiscalização de despesas tão elevadas, especialmente quando financiadas por fundos europeus. O caso levanta um debate sobre o equilíbrio entre a necessidade de decisões céleres em matéria de segurança e defesa e a exigência democrática de escrutínio e transparência na gestão de fundos públicos.