Este cenário levou os diretores dos principais órgãos de comunicação social a lançar um alerta conjunto, classificando a situação como um grave risco para a imprensa e para a própria democracia.
Num texto assinado por diretores de publicações como Expresso, Público, Visão e Correio da Manhã, afirma-se que “deixar de ter jornais e revistas em zonas significativas do território nacional cortará o acesso de parte relevante da população às notícias profissionalmente validadas”. Os signatários alertam que esta quebra aumentaria “o perigo da desinformação e das fake news que grassa nas redes sociais” e prejudicaria uma atividade económica que emprega milhares de pessoas.
A situação mobilizou o poder político, com a Associação Nacional de Municípios Portugueses a pedir a intervenção do Governo.
O Ministro da Presidência, Castro Almeida, considerou a perspetiva “inaceitável” e “inadmissível”, garantindo que o Governo procurará uma solução, embora ressalvando que qualquer apoio público terá de passar por “mecanismos concorrenciais” e não por um apoio direto à VASP.
A crise expõe a fragilidade do ecossistema da imprensa escrita e coloca a coesão territorial e o acesso à informação no centro do debate político.














