A decisão, tomada pelo ministro da Defesa, Nuno Melo, já gerou forte contestação por parte da oposição, que exige maior transparência e controlo parlamentar.

A verba, que inclui mais de 3 mil milhões de euros para a aquisição de três fragatas, faz parte de uma proposta que o Governo já enviou à Comissão Europeia. A justificação para o procedimento secreto assenta na urgência de reforçar a autonomia de defesa da Europa no atual contexto geopolítico.

No entanto, a falta de escrutínio público e parlamentar sobre uma despesa desta magnitude está a ser fortemente criticada.

Em resposta, o Partido Socialista anunciou que irá propor a criação de uma subcomissão parlamentar para acompanhar as compras militares.

O deputado socialista Marcos Perestrello argumentou que a dimensão destes contratos "é incompatível com a tomada das decisões em segredo".

Este episódio revela uma tensão significativa entre o poder executivo e o legislativo sobre a gestão de fundos públicos em áreas estratégicas, colocando em questão os mecanismos de fiscalização democrática sobre as decisões do Governo.