Este impasse reflete a crescente fragmentação e polarização no Parlamento, com consequências para o normal funcionamento das instituições.

A votação estava inicialmente agendada para 19 de dezembro, mas será cancelada porque os partidos não apresentaram candidaturas dentro do prazo limite, que terminava a 12 de dezembro.

Esta é a terceira vez na atual legislatura que estas nomeações são adiadas.

A falta de consenso para a escolha de cinco membros do Conselho de Estado, três juízes do Tribunal Constitucional e do Provedor de Justiça evidencia um bloqueio político que transcende as disputas legislativas do dia-a-dia. A situação é particularmente crítica no caso do Provedor de Justiça, cargo que se encontra vago há mais de seis meses, desde a nomeação da anterior titular, Maria Lúcia Amaral, para ministra.

O Chega já criticou a situação, acusando o PSD de deixar o cidadão "ao abandono". Este adiamento prolongado afeta a renovação e o funcionamento de instituições essenciais para o equilíbrio de poderes e a defesa dos direitos dos cidadãos, sendo um sintoma da dificuldade de construção de consensos no atual quadro parlamentar.