O PGR expressou ainda o desejo de que o processo fique concluído antes das férias judiciais de Natal, a 22 de dezembro.
As declarações de Amadeu Guerra colocam novamente o foco sobre a relação entre o poder político e a justiça.
O PGR lamentou que os documentos pedidos a Luís Montenegro, à empresa da sua família e aos seus clientes "não tenham sido entregues com a celeridade" que o Ministério Público pretendia.
Este atraso, segundo Guerra, condicionou o andamento da averiguação, que visa apurar se existem indícios de crime suficientes para abrir um inquérito formal. Reagindo a interpretações de que poderia haver um desfecho favorável ao primeiro-ministro, Amadeu Guerra foi taxativo: "O Ministério Público não dá prendas a ninguém". O procurador-geral mostrou-se também "insatisfeito" com a divulgação de escutas no âmbito da "Operação Influencer", que envolve o ex-primeiro-ministro António Costa, lamentando as críticas recorrentes ao seu trabalho e ao do Ministério Público.
Esta situação evidencia a pressão sob a qual a Procuradoria-Geral da República opera em casos de grande mediatismo político.














