O pacote de compras, decidido pelo ministro da Defesa, Nuno Melo, inclui três fragatas, veículos de combate, radares e sistemas antiaéreos.

Segundo a comunicação social, as fragatas serão adquiridas a Itália.

A forma como a decisão foi tomada, descrita como "secreta" e sem passar por autorização orçamental ou debate na Assembleia da República, motivou fortes críticas.

O PS vai propor a criação de uma subcomissão parlamentar para acompanhar as compras, com o deputado Marcos Perestrello a afirmar que a dimensão dos contratos "é incompatível com a tomada das decisões em segredo".

O requerimento para ouvir o ministro Nuno Melo no parlamento, apresentado por PSD e CDS-PP, contou com os votos favoráveis do PS.

O ministério da Defesa justificou a ausência de concurso público com a "celeridade e as condicionantes do SAFE", mas os críticos argumentam que o secretismo político e o desrespeito pelo controlo democrático são inaceitáveis.

O caso levanta sérias questões sobre a responsabilização do poder executivo e a supervisão parlamentar em matérias de soberania e despesa pública de grande vulto.