O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo considerou que Montenegro não deveria ter dito que o MP foi “longe demais”, alertando para o perigo de interferências entre poderes.

Do lado da oposição, o líder do PS, José Luís Carneiro, lamentou a crise política e os “muitos recursos” gastos num assunto que “poderia ter sido esclarecido devidamente” mais cedo.

Pedro Nuno Santos foi mais longe, mantendo que Montenegro “não tem condições de idoneidade” para o cargo.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, adotou uma postura institucional, recusando-se a comentar a decisão ou as palavras do primeiro-ministro, afirmando repetidamente que o arquivamento é simplesmente “a justiça a funcionar” e que uma democracia precisa de uma justiça “forte” e “rápida”. Candidatos como António Filipe e Ana Gomes sustentam que, apesar do arquivamento, persistem questões de natureza ética e de conflito de interesses por esclarecer.