Este movimento solidifica a influência do partido de André Ventura na governação da capital e redefine o bloco de oposição.
Governar sem maioria absoluta obrigou o presidente da autarquia, Carlos Moedas (PSD), a procurar novos parceiros.
O voto favorável do Chega, que justificou o apoio com a incorporação de algumas das suas medidas no plano para 2026-2030, como a possibilidade de inquilinos municipais se tornarem proprietários, marca uma viragem estratégica.
Durante o mandato anterior, o PS tinha viabilizado os orçamentos através da abstenção, mas desta vez votou contra, tal como o PCP.
A decisão dos socialistas de se demarcarem, juntando-se à restante esquerda na oposição, isola a gestão de Moedas à direita e torna o apoio do Chega indispensável para a governabilidade da cidade.
Esta aliança em Lisboa é vista como um importante precedente político, demonstrando a crescente normalização de acordos entre o PSD e o Chega a nível local, o que poderá ter repercussões na política nacional. O PS acusa Moedas de ter “escolhido governar com o Chega”, enquanto o autarca critica o que considera ser um “radicalismo” dos socialistas.













