A reação foi imediata e veemente.
O líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, exigiu que o ministro retificasse as suas palavras ou deixaria de ter condições para exercer o cargo, considerando as declarações “graves” e “discriminatórias”.
O PCP classificou-as como “absolutamente execráveis”, e o Livre condenou o discurso “estigmatizante”.
A controvérsia obrigou o Ministério da Educação a emitir um comunicado, afirmando ser “totalmente falso” que o ministro responsabilize os alunos de baixos rendimentos pela degradação dos equipamentos, alegando que as suas palavras foram “descontextualizadas”. O próprio Fernando Alexandre, em entrevista, reforçou que foi mal interpretado e que nunca acusou os estudantes pobres, referindo-se antes aos problemas na gestão dos serviços.
No entanto, o candidato presidencial Cotrim Figueiredo, embora considerando a declaração “manifestamente infeliz”, aceitou os esclarecimentos e considerou a demissão desnecessária.
A polémica expõe uma clivagem sobre a visão do papel social do Estado e coloca o ministro numa posição politicamente fragilizada.













