A situação evidencia uma falha na transição de competências do extinto SEF e coloca o Governo sob forte pressão para encontrar soluções.
Os sindicatos da PSP, como a ASPP/PSP, denunciam uma “grande revolta” entre os polícias, que se sentem desvalorizados e criticam o Governo por não cumprir o acordo assinado em 2024.
As negociações estão estagnadas, levando a ações de protesto como plenários no Aeroporto de Lisboa. A situação agravou-se com relatos de agentes a serem ameaçados com processos disciplinares por parte das chefias para não abandonarem os seus postos de trabalho. Os sindicatos alertam que a segurança nacional está em risco e que o reforço de 80 profissionais anunciado pelo Governo é insuficiente por não existirem “condições estruturais”.
A ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, admitiu que a introdução das novas regras de controlo de fronteiras “correu mal”, reconhecendo esperas de até seis horas, mas recusou atribuir a responsabilidade “exclusiva” à PSP, repartindo-a com outras entidades como a ANA Aeroportos. A crise nos aeroportos tornou-se um problema político para o executivo, que é acusado de inação e de não ter preparado adequadamente a transferência de competências, resultando em constrangimentos significativos para os passageiros e para a imagem do país.













