O incidente ocorreu quando Paulo Núncio criticava os partidos de esquerda, momento em que Mariana Mortágua levantou a mão com o punho fechado e os dedos indicador e mindinho esticados.

O CDS-PP reagiu de imediato, apresentando uma queixa a Aguiar-Branco e classificando o gesto como “grosseiro”, “degradante” e “incompatível com o comportamento exigido aos deputados”.

Em resposta, o Presidente da Assembleia solicitou à Comissão de Transparência a abertura de um inquérito por “eventuais irregularidades graves”, considerando que os factos poderiam configurar uma “violação dos deveres fundamentais dos deputados”.

Mariana Mortágua e o novo coordenador do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza, defenderam-se, afirmando que o gesto foi mal interpretado. Segundo os bloquistas, não se tratava de um gesto ofensivo, mas sim de um “símbolo da cultura rock”, que representa “orgulho e força”.

Mortágua lamentou a “confusão na interpretação”, enquanto o Bloco acusou o CDS de querer “alimentar polémicas artificiais”.

O episódio reflete a crescente tensão no hemiciclo e a atenção redobrada sobre o comportamento dos deputados, num parlamento mais fragmentado e polarizado.