O Kremlin reagiu advertindo que “numa guerra nuclear não há vencedores”, apelando à máxima contenção.
A tensão intensificou-se após Medvedev ter criticado o ultimato de Trump sobre a Ucrânia, considerando-o “uma ameaça e um passo para a guerra” e fazendo referência ao sistema de controlo nuclear russo conhecido como “Mão Morta”.
Em resposta, Trump anunciou na sua rede social, Truth Social, que ordenou o posicionamento de dois submarinos nucleares em “regiões apropriadas”, afirmando que “as palavras são muito importantes e podem muitas vezes levar a consequências inesperadas”.
A reação do Kremlin, através do porta-voz Dmitry Peskov, foi de apelo à prudência.
“Pensamos que toda a gente deve ter muito cuidado com o que diz sobre a questão nuclear”, afirmou Peskov, sublinhando que “numa guerra nuclear não há vencedores”.
A movimentação militar dos EUA foi vista por analistas como “muito arriscada” e “imprudente”.
John Bolton, antigo conselheiro de Trump, considerou que a ordem presidencial demonstrava um desconhecimento do funcionamento da Marinha norte-americana, cuja localização dos submarinos com capacidade nuclear é secreta por motivos de segurança. A troca de acusações diretas entre líderes e a mobilização de meios estratégicos ocorrem num contexto de elevada tensão devido à guerra na Ucrânia e às tentativas de mediação dos EUA, elevando o risco de um erro de cálculo com consequências globais.