O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que o presidente Putin “não descarta que esse encontro seja possível depois da preparação ao nível de peritos”. Esta mudança de postura coincide com o endurecimento da posição de Trump, que ameaçou aplicar um novo pacote de sanções económicas a Moscovo e aos países importadores de energia russa caso não haja abertura para negociações de paz até ao final do prazo. Para facilitar o diálogo, o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, é esperado em Moscovo para consultas.
Apesar da retórica mais conciliadora, os obstáculos a um acordo de paz mantêm-se significativos.
Moscovo continua a exigir, como condição prévia, que o Ocidente cesse o envio de armamento para a Ucrânia, que Kiev abandone a intenção de aderir à NATO e que as suas forças se retirem das quatro províncias que a Rússia considera parte do seu território. A abertura russa surge enquanto os combates se intensificam, com as forças de Moscovo a avançarem no leste, nomeadamente na cidade estratégica de Chasiv Yar, e Kiev a responder com ataques de longo alcance em território russo.