Para além do alerta de tsunami e da ativação de pelo menos sete vulcões na região, o terramoto causou danos visíveis numa infraestrutura militar crítica para a Rússia.
Imagens de satélite, analisadas e divulgadas por fontes internacionais, mostraram estragos numa base que alberga submarinos nucleares russos.
A península de Kamchatka é uma localização estratégica para a Frota do Pacífico da Rússia, sendo fundamental para a projeção do seu poder naval e para a sua capacidade de dissuasão nuclear.
Os danos a esta base, cuja extensão total ainda não é clara, levantam sérias questões sobre a segurança das instalações nucleares numa das zonas mais sismicamente ativas do mundo.
O incidente expõe a vulnerabilidade de ativos militares de alto valor a fenómenos naturais extremos. A combinação de um sismo de grande magnitude, a subsequente atividade vulcânica e o potencial impacto numa base de submarinos nucleares cria um cenário complexo, com riscos que vão desde a segurança operacional da frota russa a potenciais perigos ambientais de longo prazo para a região do Pacífico.