A cidade portuária, devastada no início da guerra, está a ser reerguida para atrair compradores russos, numa estratégia que visa consolidar o controlo sobre os territórios ocupados.
No campo de batalha, a Rússia continua a sua ofensiva, com o presidente Vladimir Putin a anunciar a tomada de Chasiv Yar, uma cidade estratégica na região de Donetsk, após mais de um ano de combates intensos. Embora as autoridades ucranianas tenham desmentido a perda do controlo da cidade, o Ministério da Defesa russo divulgou imagens de um soldado a içar a bandeira russa entre os edifícios destruídos.
Simultaneamente, as forças russas avançaram nos arredores de Kupiansk, no nordeste, e reivindicaram a conquista de uma vila na região de Dnipropetrovsk. Para além da frente de batalha, a estratégia russa foca-se na consolidação dos territórios já ocupados.
Em Mariupol, cidade portuária que foi palco de um cerco devastador, está em curso um projeto de reconstrução liderado por uma empresa ligada ao ministro da Construção russo.
Edifícios destruídos estão a ser convertidos em habitações de luxo, destinadas a compradores russos, enquanto os habitantes ucranianos originais são afastados.
Esta tática de engenharia social e económica visa não só apagar os vestígios da destruição, mas também alterar a demografia da cidade, integrando-a economicamente e culturalmente na Rússia e dificultando qualquer futura reintegração na Ucrânia.