No entanto, o encontro marcou o reatamento do diálogo direto entre Washington e Moscovo, abrindo portas a futuras negociações.
O encontro, que decorreu na Base Aérea de Elmendorf-Richardson, foi descrito por ambos os líderes como “extremamente produtivo”, apesar da ausência de resultados tangíveis, um facto lamentado pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que considerou “lamentável que a cimeira de ontem não tenha produzido resultados significativos”. Donald Trump resumiu o resultado com a frase “não há acordo até que haja um acordo”, indicando que, embora se tenham acordado muitos pontos, as questões mais importantes permanecem por resolver.
Da parte russa, Vladimir Putin sublinhou a importância de passar “do confronto ao diálogo” e apelou a que Kiev e os países europeus aceitassem as conclusões da cimeira “com um espírito construtivo”. A cimeira assinalou um momento diplomaticamente significativo, marcando o regresso de Putin aos Estados Unidos após uma ausência de dez anos e a sua reintegração num palco diplomático de relevo, apesar de ser procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra. A principal consequência prática do encontro foi o agendamento de uma reunião entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Washington, e a sugestão de uma futura cimeira trilateral, vista como o próximo passo para alcançar uma solução para o conflito.