Esta mobilização reflete o receio de que um acordo bilateral entre Washington e Moscovo pudesse ser alcançado em detrimento da segurança europeia e da soberania ucraniana. Por iniciativa do chanceler alemão, Friedrich Merz, foi organizada uma série de videoconferências que juntaram os líderes de França, Reino Unido, Itália, Polónia, Finlândia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, com os presidentes Trump e Zelensky.

Nestes encontros, a frente europeia defendeu que “o caminho para a paz na Ucrânia não pode ser decidido sem a Ucrânia” e que “as fronteiras internacionais não devem ser alteradas pela força”. Numa declaração conjunta, os líderes europeus advertiram que a Rússia “não pode ter poder de veto contra o caminho da Ucrânia para a UE e a NATO” e prometeram manter a pressão sobre Moscovo, incluindo através do “reforço das sanções”.

A diplomacia russa desvalorizou estes esforços, descrevendo as consultas como “praticamente insignificantes” e acusando a UE de “sabotar” os esforços diplomáticos.

Apesar disso, os líderes europeus afirmaram-se “prontos para trabalhar” numa futura cimeira trilateral com apoio europeu.