Antes do encontro com Vladimir Putin, o Presidente Donald Trump tinha como objetivo principal alcançar um “cessar-fogo rápido” entre Kiev e Moscovo. No entanto, um dia após a cimeira, Trump declarou que “foi determinado por todos que a melhor maneira de acabar com a terrível guerra entre a Rússia e a Ucrânia é ir diretamente para um acordo de paz, que acabaria com a guerra, e não um mero acordo de cessar-fogo, que muitas vezes não se sustenta”. Esta mudança representa um alinhamento com a posição russa, que, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês, Espen Barth Eide, “quer ir direto para as negociações de paz”, em contraste com a Ucrânia, que “quer que haja um cessar-fogo primeiro”.

A nova abordagem de Washington foi comunicada por Trump ao Presidente Zelensky e a vários líderes europeus numa chamada telefónica noturna.

A alteração de estratégia pode acelerar o processo diplomático, mas também levanta preocupações em Kiev e nas capitais europeias, que veem o cessar-fogo como um passo essencial para criar um ambiente de menor tensão, propício a negociações justas.

A insistência num acordo de paz abrangente e imediato pode aumentar a pressão sobre a Ucrânia para aceitar concessões, incluindo territoriais, sem uma prévia cessação das hostilidades.