Este potencial encontro é visto como um passo crucial, embora complexo, para a resolução do conflito que dura há mais de três anos.

Após uma reunião com Vladimir Putin no Alasca, Donald Trump anunciou ter iniciado "os preparativos para um encontro, numa localização a determinar," entre os líderes russo e ucraniano, que poderia ocorrer nas próximas duas semanas. A iniciativa prevê uma reunião bilateral inicial, seguida por uma cimeira trilateral com a participação de Trump. Volodymyr Zelensky declarou prontamente que a Ucrânia está "pronta para uma reunião bilateral com Putin".

Por sua vez, o Kremlin, através do ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, adotou uma postura mais cautelosa, afirmando que tal encontro deve ser preparado "com muito cuidado" e salvaguardando os interesses de Moscovo. Lavrov sublinhou que "sem respeitar os interesses de segurança da Rússia, sem respeitar plenamente os direitos dos russos e dos russófonos que vivem na Ucrânia, não há como falar de um acordo de longo prazo".

A Europa emergiu como o local preferido para a cimeira, com o presidente francês, Emmanuel Macron, a sugerir um "país neutro", como a Suíça.

Esta movimentação diplomática representa a tentativa mais concreta até à data de sentar os dois líderes à mesma mesa desde o início da invasão em larga escala, embora o ceticismo permaneça elevado sobre a possibilidade de se alcançarem avanços substanciais.