Estas declarações, feitas no rescaldo das conversações em Washington, revelam um profundo ceticismo sobre as verdadeiras intenções de paz de Vladimir Putin e servem como um alerta para os países europeus.
Numa entrevista, Macron afirmou que Putin "raramente cumpriu os compromissos" e tem sido "constantemente uma potência desestabilizadora".
O líder francês argumentou que, "mesmo que seja apenas para a sua própria sobrevivência, ele [Putin] precisa de continuar a alimentar-se.
É isso mesmo. E, por isso, é um predador, é um ogre às nossas portas".
Macron apelou aos europeus para que "não sejam ingénuos", sublinhando que a Rússia será "duradouramente uma potência desestabilizadora".
Este pessimismo contrasta com o otimismo manifestado por Donald Trump sobre a possibilidade de um acordo de paz. Macron expressou dúvidas sobre as intenções de paz do líder de um país que mobilizou mais de 1,3 milhões de efetivos e investe 40% do seu orçamento em defesa, afirmando: "Quando olho para a situação e os factos, não vejo o Presidente Putin a desejar a paz agora, mas talvez eu seja muito pessimista". As suas palavras refletem uma visão de que, independentemente do desfecho das negociações atuais, a ameaça russa à segurança europeia persistirá a longo prazo.