As declarações de altos funcionários de Moscovo estabelecem linhas vermelhas claras e demonstram uma preferência estratégica por negociar diretamente com Washington.
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, afirmou que qualquer cenário que preveja um contingente militar da NATO na Ucrânia implicaria "uma escalada incontrolável do conflito com consequências imprevisíveis".
Esta posição intransigente sobre a aliança atlântica é um pilar da política externa russa e uma das justificações para a invasão.
Simultaneamente, a Rússia tem procurado diminuir a influência dos líderes europeus.
O embaixador adjunto da Rússia na ONU, Dmitry Poliansky, descreveu a diplomacia europeia como "absolutamente patética e inútil", acusando-a de estar a perseguir "migalhas de mesas maiores na sua procura desesperada por algum (argumento) anti-Rússia".
Esta retórica visa minar a unidade europeia e reforçar a imagem da Rússia como uma grande potência que apenas se senta à mesa com os Estados Unidos, marginalizando outros atores internacionais no que diz respeito à segurança europeia.