Esta ofensiva contínua é interpretada pela Ucrânia como uma tática de pressão de Moscovo para fortalecer a sua posição negocial e desestabilizar os esforços de paz.
Nos últimos dias, enquanto decorriam as cimeiras no Alasca e em Washington, as forças russas realizaram bombardeamentos intensos, nomeadamente nas regiões de Kharkiv e Zaporíjia.
Em Kharkiv, os ataques com drones a um prédio de apartamentos causaram a morte a sete pessoas, incluindo uma criança de um ano e meio.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou estes atos como um "ataque demonstrativo e cínico", afirmando que a Rússia "sabe que hoje se realiza em Washington uma reunião sobre o fim da guerra".
Na sua ótica, Putin "cometerá assassínios para manter a pressão sobre a Ucrânia e a Europa, bem como para humilhar os esforços diplomáticos".
A ONU também expressou grande "preocupação com a continuação dos ataques mortais da Rússia" que estão a ser registados "em toda a Ucrânia".
A persistência destes ataques, que visam infraestruturas civis e energéticas, demonstra a estratégia russa de combinar a via diplomática com a pressão militar no terreno, utilizando a violência como ferramenta para influenciar o resultado das negociações.