Estas condições, que implicam significativas concessões por parte da Ucrânia, dominam o debate sobre a viabilidade de uma solução diplomática. De acordo com fontes do Kremlin citadas pela agência Reuters, a Rússia exige três condições fundamentais: a cedência de toda a região oriental do Donbass (províncias de Donetsk e Luhansk), a renúncia definitiva da Ucrânia à sua ambição de aderir à NATO e a garantia de que não haverá tropas ocidentais no seu território. Estas exigências representam uma ligeira alteração face a reivindicações anteriores, que incluíam a totalidade de quatro províncias.
No entanto, a cedência do Donbass continua a ser inaceitável para Kiev.
O presidente Volodymyr Zelensky tem reiterado que não pode retirar-se de território ucraniano internacionalmente reconhecido, afirmando que a região serve como uma "fortaleza que impede os avanços russos". A insistência de Moscovo em ganhos territoriais que nem sequer controla militarmente na totalidade é vista por analistas como uma tentativa de legitimar a sua agressão e garantir uma vitória estratégica através da diplomacia, algo que a Ucrânia e os seus aliados europeus consideram uma "armadilha".