O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, afirmou que "uma intervenção estrangeira em parte do território ucraniano (...) é totalmente inaceitável para a Rússia".

Esta declaração surge em resposta direta aos debates entre os aliados ocidentais sobre como garantir a segurança da Ucrânia após um eventual acordo de paz.

Países como a França e o Reino Unido lideram uma "Coligação dos Dispostos" que considera o envio de uma força de dissuasão para o terreno.

A ideia seria criar um mecanismo semelhante ao artigo 5.º da NATO, mas sem a adesão formal da Ucrânia à Aliança, para evitar uma nova agressão russa.

No entanto, a oposição veemente de Moscovo a esta possibilidade torna-se um dos principais pontos de discórdia.

Lavrov advertiu que aqueles que "estão a forjar tais planos" devem compreender que tal medida seria inaceitável não só para a Rússia, mas também para "todas as forças políticas sensatas na Europa".

Esta posição intransigente deixa em aberto como poderão ser estruturadas garantias de segurança credíveis para a Ucrânia sem uma presença militar internacional que Moscovo veta liminarmente.