As propostas russas, reveladas por fontes próximas do governo, representam o principal obstáculo nas negociações em curso.
De acordo com a agência Reuters, as três condições centrais de Vladimir Putin são: a cedência por parte da Ucrânia de toda a região oriental do Donbass, que inclui as províncias de Donetsk e Luhansk; a renúncia formal e definitiva da Ucrânia à sua ambição de aderir à NATO; e a garantia de que não haverá presença de tropas ocidentais no seu território. Esta posição representa uma aparente moderação face a exigências anteriores, de junho de 2024, que incluíam também a totalidade das províncias de Kherson e Zaporíjia. No entanto, a exigência sobre o Donbass implica que a Ucrânia teria de ceder território que as forças russas ainda não controlam militarmente na totalidade. O Presidente Volodymyr Zelensky já rejeitou categoricamente a ideia de se retirar de qualquer território ucraniano internacionalmente reconhecido, afirmando que tal seria uma questão de "sobrevivência do nosso país, envolvendo as linhas defensivas mais fortes". Estas condições definem o cerne do conflito diplomático: a exigência russa de ganhos territoriais e de uma esfera de influência garantida, em confronto direto com a defesa intransigente da soberania e integridade territorial por parte da Ucrânia.