A Rússia rejeita veementemente a presença de qualquer contingente militar europeu ou da NATO no território ucraniano, considerando tal cenário uma "escalada incontrolável".

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, foi taxativo ao afirmar que discutir seriamente garantias de segurança sem a Rússia é "utópico" e um "caminho que não leva a lado nenhum". Esta posição foi ecoada pela porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, que confirmou a "rejeição categórica a qualquer cenário que preveja a presença de um contingente militar da NATO na Ucrânia".

A insistência de Moscovo em ser parte integrante das negociações sobre a arquitetura de segurança pós-guerra colide frontalmente com os planos da Ucrânia e dos seus aliados ocidentais. Estes últimos, no âmbito da "Coligação dos Voluntários", discutem um modelo de proteção inspirado no Artigo 5.º da NATO, que poderia envolver o envio de uma força multinacional para dissuadir futuras agressões. A posição russa revela a intenção de manter um poder de veto sobre o futuro alinhamento estratégico da Ucrânia, impedindo a sua integração em estruturas de defesa ocidentais e garantindo que os seus próprios "interesses de segurança" sejam salvaguardados em qualquer acordo de paz duradouro.